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A metodologia de autotranplante em adultos envolve a transferência de um dente do siso para o lugar de qualquer outro na mandíbula ou maxila. Pode ser realizada tanto na cavidade do dente removido quanto em uma alvéolo recém-formada. Pesquisas recentes mostraram que, após a integração do dente, forma-se um ligamento periodontal completo e funcionalmente o transplante não difere de outros dentes. As principais diferenças entre o autotranplante de dente e a implante são os prazos de integração de até 2 meses e a formação de um ligamento periodontal completo, o que previne a reabsorção óssea e facilita a prótese.

O objetivo da pesquisa é aumentar a eficácia do tratamento de pacientes adultos com ausência parcial de dentes por meio do autotranplante.

Material e métodos: o estudo foi realizado em 64 pacientes com idades entre 18 e 62 anos, sem doenças somáticas. Foi realizado o autotranplante de 39 dentes superiores e 15 dentes inferiores em cavidades naturais e artificialmente criadas. A contenção foi realizada com uma tala de fio não rígido durante 3 semanas. O tratamento endodôntico foi realizado dentro de 2 semanas após a cirurgia. Os resultados foram avaliados por meio de métodos clínicos e radiológicos após 6, 12 e 18 meses da cirurgia.

Resultados. De acordo com os resultados do estudo, a taxa de sucesso deste método foi de 82,4% (n = 56); mobilidade de grau II ou superior foi identificada em 1,5% (n = 1); anquilose foi determinada em 4,5% (n = 3); removido devido à reabsorção inflamatória em 5,8% (n = 4).

Conclusões: a eficácia do método de autotransplante depende de muitos fatores, como a idade do paciente, o estado do ligamento periodontal do dente doador, as técnicas de realização da operação. Isso deve ser considerado ao escolher o caso clínico.

Fig. 1. Autotransplante na cavidade do dente removido. a — situação semelhante: dente do siso retido, não participa do ato de mastigação; segundo molar deve ser removido por indicação; b — remoção do segundo e transplante do terceiro molar na cavidade. Após o transplante, a viabilidade das células do ligamento periodontal será mantida pelo coágulo sanguíneo. As fibras que revestem a parede da alvéolo durante o processo de cicatrização não são reduzidas; a recuperação do volume ausente ocorre por meio da remodelação do tecido ósseo; c — o processo de remodelação foi concluído; o osso se formou em relação à nova forma da raiz do dente; a fenda periodontal é uniforme em toda a extensão. O tratamento endodôntico é realizado dentro de 2 semanas após a operação.

 

Introdução

Observações de longo prazo demonstram que a eficácia da autotransplante é de cerca de 95% (sobrevivência dos dentes por mais de 10 anos). Este método pode ser aplicado para a restauração de defeitos isolados e terminais na arcada dentária. A compreensão dos processos de regeneração do complexo periodontal permitiu desenvolver as metodologias mais eficazes para a realização de operações de preservação dental. Por exemplo, o uso do dente do siso como enxerto na área dos molares permite obter uma unidade mastigatória completa em 2 a 3 meses e, na maioria dos casos, não requer próteses adicionais. Também é importante notar que, após a regeneração completa, o ligamento periodontal funcional é a base para a microcirculação estável e previne a reabsorção óssea, o que é uma enorme vantagem em relação a outros métodos. O aumento do número de pesquisas sobre transplante de dentes, a modificação da própria técnica, bem como os resultados estáveis a longo prazo, abrem novas oportunidades para a assistência odontológica aos pacientes.

Sem dúvida, a limitação na quantidade de dentes transplantáveis não coloca essa metodologia no mesmo nível da implantologia, mas, se a situação clínica permitir o uso de um dente em vez de um implante, isso pode ser a melhor solução para o paciente.

Fig. 2.a — situação inicial. Dente 1.8 retido, não visualizado na cavidade bucal. Dente 1.7 não é passível de restauração; b — radiografia pré-operatória; c — estado logo após o autotransplante. Antes do posicionamento, foi realizada a preparação endodôntica do dente 1.8 ex vivo, Dente foi retirado da oclusão; d — controle de posicionamento; e — após 1,5 semanas, os pontos foram removidos, a contenção foi substituída por uma de fio; f — controle radiológico após 1 mês; g — estado após 2 meses. Foi realizada a remoção da contenção, polimento da superfície dos dentes; h — radiografia de controle após 2 meses; Observa-se a recuperação do tecido ósseo na região distal, bem como a largura uniforme do espaço da ligadura periodontal ao longo de toda a extensão; i — estado após 1 ano. O dente está funcionando, na oclusão; j — restaurações nos dentes adjacentes foram substituídas. O ponto de contato entre 1.7 e 1.6 foi restaurado. k — na radiografia, o espaço da fenda periodontal é uniforme. Nenhuma alteração periapical foi identificada.
Fig. 3. Autotransplante na cavidade do dente extraído com processo inflamatório crônico. a — situação inicial: dente a ser extraído com grande processo periapical; há um dente do siso em posição distópica; b — após o transplante, a viabilidade das células do ligamento periodontal será mantida pelo coágulo sanguíneo; c — o ligamento finalizado geralmente é mais fino, as fibras não têm orientação paralela. Apesar disso, o dente funciona plenamente.

 

Operações

Caso clínico.

Paciente, 31 anos, encaminhada pelo seu médico para a remoção dos dentes 1.7, 1.8 com posterior implante e prótese na área do dente 1.7. Após concordância com o médico que fez o encaminhamento, foi proposto à paciente um plano alternativo, que incluía a remoção do dente 1.7 e a autotransplante do 1.8 no alvéolo do dente 1.7. Como ambos os dentes precisavam ser removidos, a possibilidade de preservar um deles foi determinante na escolha do plano de tratamento ideal.

1. Autotransplante no alvéolo do dente removido com processo inflamatório crônico

Caso clínico.

Paciente, 29 anos, procurou com queixas de dores latejantes na região do dente 4.6. Diagnóstico: periodontite crônica, reabsorção da raiz. O dente 4.8 possui raiz cônica, não participa do ato de mastigação. Foi tomada a decisão de autotransplante do dente 4.8 no alvéolo 4.6. Como a coroa do dente 4.8 estava completamente erupcionada, a abertura da boca foi total, foi realizado o desobturação e o preenchimento temporário dos canais com hidróxido de cálcio. Em seguida, o dente 4.6 foi removido, curetagem do alvéolo e autotransplante do 4.8. Fixação com uma tala não rígida bilateral. Sutura dos tecidos moles. A tala foi removida após 3 semanas.

2. Autotransplante em um alvéolo criado artificialmente

Fig. 4. Situação inicial. O dente 4.6 deve ser removido, o dente 4.8 está completamente erupcionado, a raiz tem forma cônica.
Fig. 5.a — estado antes do transplante. O dente 4.8 tem forma cônica da raiz; b — estado após o transplante. Preparação endodôntica do dente realizada, obturação temporária, contenção.
Fig. 6. Dente 4.8 posicionado na cavidade, estabilizado com uma fita não rígida bilateral por 2 semanas.
Fig. 7. Três meses após a operação. a — clinicamente, a profundidade do anexo gengival é de 2 mm, mobilidade dentro da norma fisiológica; b — na radiografia, o tecido ósseo foi completamente restaurado, o espaço da fenda periodontal é uniforme.
Fig. 8. Após 6 meses, o dente está coberto com uma coroa artificial para restaurar a forma anatômica.
Fig. 9. Após 2 anos da cirurgia. O espaço periodontal é uniforme ao longo de toda a extensão, não há sinais de reabsorção.

Caso clínico.

Paciente, 25 anos, procurou atendimento devido à ausência do dente 1.6. O dente foi extraído na infância. Durante o exame, foi identificado o deslocamento do dente 1.7 para mesial, atrofia do tecido ósseo na região do 1.6, microdentia do 1.8. Com o objetivo de reduzir as manobras cirúrgicas e o custo do tratamento em caso de instalação de implante, foi realizada a autotransplante do dente 1.8 para um alvéolo artificialmente formado. O alvéolo foi moldado levando em consideração a forma e o tamanho da raiz do 1.8 com o auxílio de um bico piezoelétrico personalizado. O bico foi modelado com base em uma tomografia computadorizada e fabricado no laboratório.

Fig. 10. Autotransplante em alvéolo artificialmente criado. a — situação inicial: há um dente do siso, que não participa da mastigação; há necessidade de restaurar o defeito na área do dente ausente; b — durante a formação do leito ósseo, é utilizada um modelo estereolitográfico do dente doador; c — após a preparação do alvéolo, o dente a ser transplantado é extraído e posicionado no alvéolo; d — a ligação final formada geralmente é mais fina, as fibras não têm orientação paralela. Apesar disso, o dente funciona plenamente.
Fig. 11. O leito ósseo foi formado com a ajuda de um acessório piezoelétrico individual.
Fig. 12. O dente 1.8 foi transplantado no alvéolo. Os tecidos moles foram suturados.
Fig. 13.a — fixação com fio; b — as superfícies do alvéolo formado e do enxerto são maximamente congruentes.
Fig. 14. a — estado após 2 semanas. A remoção do fio foi realizada; b — tratamento endodôntico concluído.
Fig. 15.a — estado após 2 anos. Dente coberto com coroa artificial; b — estado após 2 anos. O espaço do ligamento periodontal é uniforme, não há alterações periapicais.

 

Conclusão

Operações desse tipo são recebidas pelos pacientes com grande entusiasmo e são bem toleradas. No período pós-operatório, a dor e o inchaço na área do transplante estão ausentes, o que indica a biocompatibilidade do método. A prescrição de antibióticos é feita de forma seletiva, para fins profiláticos.

O transplante de dentes de um mesmo grupo morfológico na maioria dos casos não requer próteses adicionais, permitindo a restauração do defeito na arcada dentária em uma única consulta.

Sem dúvida, a limitação na quantidade de dentes transplantáveis não coloca essa técnica no mesmo nível da implantação, mas, se a situação clínica permitir o uso de um dente em vez de um implante, isso pode ser a melhor solução para o paciente.

 

Autores: Badalyan V. A., Zedgenidze A. M.

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