Mentoplastia: cirurgia estética do queixo isolada ou em combinação com cirurgia ortognática
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O artigo original está escrito em ES language (link para lê-lo).
Introdução
A parte inferior do rosto desempenha um papel importante na aparência e harmonia. As desarmonias do queixo produzem um desarranjo entre a parte inferior e o resto do rosto e têm um impacto relativo na atratividade e harmonia do rosto. As mudanças com a cirurgia do queixo em sua posição, proporção e contorno têm um grande impacto no equilíbrio e harmonia do rosto.
A cirurgia do queixo será tratada neste artigo como um meio de devolver a harmonia e restaurar a congruência da parte inferior do rosto. A genioplastia é um excelente complemento aos procedimentos de camuflagem do tratamento ortodôntico de classe II. Muitos pacientes que demandam cirurgia ortognática dos maxilares e/ou rinoplastia também requerem alteração do queixo para obter um equilíbrio ótimo de seu rosto. Muitos pacientes não estão cientes da importância do queixo em seu perfil e da influência que tem sobre os tecidos moles, especialmente a papada do pescoço.
A genioplastia é utilizada especialmente para o tratamento do queixo pouco projetado anteroposteriormente, mas é muito útil para as alterações verticais tanto de diminuição quanto de aumento e para ligeiras assimetrias. A cirurgia do queixo é realizada por meio de próteses ou por meio de osteotomias. A osteotomia deslizante é o procedimento que utilizamos quase de forma exclusiva, pois de forma versátil e previsível influencia os tecidos moles e o contorno ósseo, obtendo um perfil estético mais natural e com menos complicações.
Consulta-Avaliação-Pré-operatório
A primeira consulta do paciente afetado por uma alteração do queixo inclui:
1. História médica completa. 2. História dental completa com especial ênfase em tratamento ortodôntico. 3. Fotografias faciais e dentais completas. 4. Telerradiografia lateral. 5. Ortopantomografia.
Os objetivos funcionais e estéticos são determinados de acordo com a exploração física e testes complementares. Se existirem anomalias dentárias ou esqueléticas associadas, serão feitos modelos de gesso. Essas informações são utilizadas para recomendar ao paciente sobre as possibilidades cirúrgicas, ortodônticas ou combinadas. As recomendações serão feitas levando em consideração as alterações dentais ou faciais e/ou a severidade da deformidade. Também será explicado aos pacientes que desejam apenas a correção estética do queixo e não desejam tratamento ou foram tratados ortodonticamente de forma adequada.
Técnica cirúrgica
A genioplastia óssea, embora tenha sido realizada sob anestesia local e sedação intravenosa, é mais confortável e segura se realizada sob anestesia geral.
Infiltra-se o vestíbulo e sulco gengivolabial inferior com uma solução de lidocaína 0,5 % ou adrenalina a 1/100000 juntamente com a infiltração dos músculos supra-hioides do assoalho da boca.
A posição mais confortável para o cirurgião é na cabeceira do paciente. Retira-se o lábio e realiza-se um corte na mucosa 5 mm abaixo da junção mucogengival, deixando uma borda dos músculos do queixo unidos ao osso, de canino a canino. Desperiotiza-se com um elevador de Obwegesser sem chegar à porção inferior da sínfise para evitar uma ptose do queixo.
Localiza-se a saída do pacote vasculonervoso mais ou menos na altura dos primeiros pré-molares. Somente se desperiotizará o osso mandibular abaixo do forame do nervo dentário. Com uma broca 701 marcar-se-á a linha média. Com serra reciprocante e sob abundante irrigação, realizará-se o corte 4-5 mm abaixo da saída do nervo. Devemos lembrar que o pacote nervoso tem um trajeto inferior para depois fazer um loop para cima e sair pelo buraco mentoniano, sendo este o motivo pelo qual o corte horizontal deve ser situado 4-5 mm inferior a este.
A direção da linha de corte determina as alterações na dimensão vertical do queixo; quanto maior for o ângulo entre o plano oclusal, mais o queixo será encurtado. O cirurgião deve sempre avaliar se o corte é completo tanto nas extremidades laterais quanto na cortical lingual para evitar irregularidades ao colocar o retalho osteomuscular e também evitar o uso de escoplos que, inclusive, podem produzir fraturas de mandíbula.
Caso 1
Mentoplastia de avanço sem mudança vertical. O paciente apresenta alteração da função da articulação temporomandibular com dor, estalos e limitação da abertura bucal. O paciente foi tratado com placa de relaxamento, desenvolvendo uma severa má oclusão classe II. O paciente foi submetido a intervenção cirúrgica após preparação ortodôntica realizada pelo Dr. Antonio Páez. Foi realizada osteotomia sagital mandibular com avanço de 7 mm e mentoplastia de avanço sem mudanças verticais de 7 mm. O paciente melhorou, desaparecendo a patologia articular e obtendo um resultado oclusal e estético satisfatório.

Se se quer encurtar de forma considerável o queixo, será realizada uma osteotomia, fazendo primeiro o corte caudal e, posteriormente, o cefálico e retirando um cunha de osso. Se desejamos alongar o queixo, utilizamos blocos predeterminados de hidroxiapatita não reabsorvível.
Antes de proceder à fixação do segmento osteomuscular, devem ser visualizados os músculos geni e suprahioideo e avaliar se existe algum vaso sangrante que poderia originar um hematoma do assoalho da boca e coagular. Também será verificado se existe algum degrau palpável na extremidade inferior mandibular e, se for o caso, será regularizado. Quase sempre para a fixação utilizamos placas, embora 3 fios, exceto para aumentos verticais, funcionem muito bem.
O fechamento da incisão é meticuloso e realizado em 2 planos, costurando, em primeiro lugar, o plano muscular e, posteriormente, o plano mucoso. Finalmente, será colocado um curativo compressivo com esparadrapo horizontal sobre o sulco labiomental e outro vertical desde o fundo da boca e rebordo mandibular inferior que será retirado em 3 dias. Não há restrição dietética e o paciente fará bochechos com soro fisiológico após as refeições durante 10 dias.
Caso 2
Mentoplastia de aumento vertical. Paciente com maloclusão classe II e hipoprojeção vertical e sagital do queixo. O paciente foi tratado com ortodontia pelo Dr. Daniel Díez e, posteriormente, foi realizada osteotomia sagital mandibular com avanço de 8,5 mm e mentoplastia de aumento vertical de 7 mm e avanço de 3 mm. Foi utilizado um bloco de hidroxiapatita não reabsorvível que foi fixado rigidamente entre os fragmentos da osteotomia do queixo.

Caso 3
Mentoplastia redução vertical. O paciente nº 3 é um paciente com mordida aberta e má oclusão classe III e um importante excesso vertical do queixo. O paciente foi tratado por meio de osteotomias lefort I, osteotomias de ramo e mentoplastia de encurtamento vertical de 8 mm.

Caso 4
Mentoplastia de centralização. A paciente apresenta uma hemielongação mandibular severa que provoca assimetria e classe III. A paciente foi tratada por meio de osteotomias sagitais de ramo que, uma vez conseguida uma oclusão adequada, persistia a assimetria do queixo, realizando-se osteotomia do queixo de centralização. Obtendo-se uma simetria mandibular quase perfeita.

Caso 5: Cirurgia estética nasal e contorno de queixo.
Cirurgia cosmética. O paciente de 18 anos apresenta uma deformidade nasal severa e deseja um contorno mandibular forte. Foi realizada septorinoplastia juntamente com mentoplastia de avanço de 6 mm.

Caso 6: Cirurgia cosmética nasal e mentoplastia
Cirurgia cosmética. A paciente terminou o tratamento ortodôntico e apresenta deformidade nasal moderada e queixo com hipoprojeção sagital e vertical. Realizei septoplastia removendo 2,5 mm de dorso ósseo, 3 mm de cartilagem, redução das bordas cefálicas dos cartilagens alares e osteotomias. O queixo foi alongado verticalmente 4 mm e avançado 4 mm, obtendo uma harmonização de todo o rosto com um esplêndido resultado estético nas vistas frontais e de perfil.

Caso 7. Cirurgia cosmética nasal mais mentoplastia de avanço
O paciente está finalizando o tratamento ortodôntico. Não foi oferecida cirurgia ortognática e ele procura cirurgia de camuflagem. O paciente apresenta um nariz com dorso severo e hipoprojeção da ponta nasal. Apresenta um déficit sagital severo do queixo. O paciente foi submetido a uma septorinoplastia, mantendo as características masculinas e étnicas do paciente e uma mentoplastia de avanço de 8,5 mm. O resultado estético é fabuloso, obtendo uma harmonização do perfil e da frente, melhorando a papada e resultando em um aparente rejuvenescimento.

César Colmenero, Javier Prieto Serrano, Fe Serrano Madrigal
Bibliografia
- Sarver D. Ortodontia estética e cirurgia ortognática. Ed Mosby 1998.
- Rosen HM. Diretrizes estéticas na genioplastia. Cirurgia plástica reconstrutiva 1995: 95.
- Rosen HM. Correção cirúrgica do queixo verticalmente deficiente. Cirurgia plástica reconstrutiva. 1988: 82.247-56.
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