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Resumo

Introdução: os mini parafusos em ortodontia revolucionaram as mecânicas em ortodontia, melhorando os resultados ortodônticos e controlando a 3ª Lei de Newton.

Caso clínico: paciente masculino de 16 anos de idade em crescimento, sem relatar dados patológicos.

Diagnóstico: má oclusão classe III dentoalveolar, padrão esquelético I, incisivos inferiores retroinclinados, biotipo braquifacial leve, perfil facial convexo, sorriso gengival e não apresenta oclusão mutuamente protegida.

Plano de tratamento: foi proposto aos pais do paciente um tratamento conservador de compensação de classe III, a colocação de 2 mini parafusos de 2X14 mm de aço médico na escotadura mandibular e gengivectomia antes de finalizar o tratamento para melhorar a altura do sorriso e estética.

Resultados: foram alcançados todos os objetivos ortodônticos de Classe I molar e canina, sobremordida horizontal e vertical correta, melhorou o sorriso gengival, a obtenção de oclusão mutuamente protegida, melhora na posição final dos incisivos inferiores e suavizou o perfil facial do paciente.

 

Introdução

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as maloclusões ocupam o terceiro lugar de prevalência de patologias na saúde bucal, depois da cárie dentária e da doença periodontal. Os indivíduos com maloclusão classe III podem apresentar combinações de características esqueléticas e dentoalveolares, por isso é considerada de etiologia multifatorial.

Na ortodontia, o controle da ancoragem é uma consideração crítica quando diagnosticamos e estabelecemos o plano de tratamento de pacientes com maloclusões dentárias e esqueléticas.

A ancoragem ortodôntica é definida como a resistência ao movimento dental indesejado; tradicionalmente, a ancoragem é dividida em: livre, moderada, máxima e absoluta ou óssea, sendo esta última a que tem ganhado preponderância nos últimos anos com o uso de mini parafusos e mini placas.

Atualmente, existe uma ampla gama de mini parafusos inter-radiculares e extra-alveolares que variam de 1,0 mm a 2,3 mm de diâmetro e de 4 mm a 21 mm de comprimento, os mini parafusos extra-alveolares na escotadura mandibular são confiáveis para retrair todo o arco dental mandibular, corrigir esqueléticamente o apinhamento anterior severo, protrusão, e realizar um tratamento sem terapia de extrações ou cirurgia ortognática.

Na ortodontia, às vezes é necessário um anclagem máxima ou absoluta, ou seja, uma alta resistência ao deslocamento, de modo que, se uma força for aplicada a um dente, sempre teremos movimentos em sentido contrário que às vezes são indesejáveis, ou movemos peças que não queremos que se movam. Por isso, os diferentes tipos de anclagem têm sido muito utilizados ao longo da história da ortodontia.

Os mini-parafusos extra-radiculares provocaram um renascimento no campo da ortodontia com seu conceito de anclagem absoluta, é uma mecânica que, nas mãos de um ortodontista experiente, pode superar os desafios clínicos e transformar casos cirúrgicos limítrofes em não cirúrgicos, sem comprometer os resultados obtidos; no entanto, a escolha dos casos continua sendo a chave para o sucesso clínico.

A utilização de mini-parafusos na escotadura mandibular permite que toda a dentição mandibular se retraia em um bloco, uma vez que os mini implantes estão localizados fora da linha de ação das raízes e, portanto, não interferem no movimento de todo o arco dental.

Os micro implantes têm como objetivo gerar ancoragem absoluta, sua estabilidade é multifatorial e depende principalmente do tipo de implante, comprimento, diâmetro, posição de colocação e zona onde será inserido.

Os mini implantes são uma boa alternativa para gerar ancoragem absoluta, estes permitem realizar movimentos nos três sentidos do espaço permanecendo imóveis, um mini implante mais longo e largo terá melhor estabilidade primária do que um de menor diâmetro, mas dependerá também se será colocado na mandíbula ou no maxilar, já que o tecido ósseo tem características diferentes.

O espessura óssea do shelf mandibular, foi encontrado que entre o primeiro e o segundo molar, pela vestibular, é onde existe maior espessura da cortical, portanto é um local ótimo para a colocação do mini implante.

O aperfeiçoamento e introdução dos dispositivos de ancoragem intraoral temporária, no início do século XXI, causou grande impacto na ortodontia contemporânea. Sem dúvida, seu uso melhorou consideravelmente e entre as vantagens destaca-se a redução do tempo para corrigir efeitos colaterais, a capacidade de suportar uma variedade de cargas de ortodontia para a ancoragem absoluta, facilidade de colocação e extração, baixo custo e possibilidade de ativação imediata, todas essas vantagens cruciais proporcionaram confiança na utilização dos micro implantes.

Também existem alguns fatores limitantes como qualquer outra técnica de reforço de anclagem relacionada aos mini parafusos que devem ser considerados antes da aplicação clínica, onde a perda de estabilidade desses dispositivos é a principal. Os microparafusos de ortodontia tendem a sofrer uma taxa de falha de cerca de 10% a 30%.

 

Caso Clínico

Paciente masculino de 16 anos de idade, em crescimento, apresenta má oclusão classe III molar e canina, padrão esquelético I, incisivos retroinclinados, sobremordida vertical e horizontal diminuída, perfil facial convexo, sorriso gengival e não apresenta oclusão mutuamente protegida. (Figura 1-7, Tabela 1).

Figura 1. Fotografias extraorais e intraorais de início.
Figura 2. Modelos de estudo iniciais.
Figura 3. Ortopantomografia inicial.
Figura 4. Traçado cefalométrico de Ffonseca.
Figura 5. Cefalometria de Ffonseca.
Figura 6. Bondagem do sistema de brackets ligados MB 5.0, ranura 0.022” de 7 a7.
Figura 7. A primeira fase ortodôntica foi cumprida com arcos redondos Nitinol Super Elástico, os incisivos inferiores foram proinclinado e a mordida anterior foi cruzada.
Tabela 1. Resumo diagnóstico e plano de tratamento proposto.

Na ortopantomografia de progresso, observam-se as extrações do órgão dental (od) 38 e 48, que foram necessárias para a colocação dos 2 minitornos 2x14 mm de Aço Médico. (Figura 8).

Figura 8. Ortopantomografia de progresso.

Na segunda fase ortodôntica foram colocados 2 minitornos na escotadura mandibular, a nivelização de tubos e bráquetes, os quais permitem um bom movimento distal do grupo de dentes posteriores em um tempo de 5 meses, realizando o fechamento de espaços com 1 arco de dupla hélice 0.020”. (Figura 9).

Figura 9. Segunda fase ortodôntica iniciada e a colocação de 2 M.T

Posteriormente, foi realizado o fechamento de espaços com arcos com postes calibre 0.019x0.025” de aço e retroligaduras tipo 1 superior e tipo 3 inferior. (Figura 10).

Figura 10. Fechamento de espaços

O uso de elásticos nos permite melhorar o assentamento oclusal posterior. (Figura 11).

Figura 11. Elásticos verticais

O paciente foi submetido a uma gengivectomia no arco dental superior do od 14 ao 24 para melhorar a estética de seu sorriso. (Figura 12).

Figura 12. Contenção superior e inferior e gingivectomia.

Resultados

Todos os objetivos ortodônticos de Classe I molar e canina foram alcançados, a sobremordida horizontal e vertical foi corrigida, melhorou-se o sorriso gengival, obteve-se uma oclusão mutuamente protegida, houve melhora na posição final dos incisivos inferiores e suavizou-se o perfil facial do paciente. (Figura 13-17, Tabela 2)

Figura 13. Retira-se o sistema de Brackets e realiza-se profilaxia, bondeia-se o retentor fixo inferior de 3-3 e toma-se impressões para o retentor superior de 7-7.
Figura 14. Colocam-se retentores fixo inferior de 3 a 3 e removível superior de 7 a 7, recomenda-se seu uso de 24 horas por 24 meses.
Figura 15. Traçado de cefalometria final.
Figura 16. Modelos de estudo final, onde se observam os resultados sagitais, transversais e verticais corretos.
Figura 17. Fotografias intraorais finais pós-tratamento ortodôntico, 12 meses.
Tabela 2. Cefalometria de Ffonseca

Discussão

Os resultados obtidos coincidem com os relatados por Chang C. e cols. onde os mini parafusos na escotadura mandibular são uma solução confiável para mover todo o arco dental mandibular para corrigir a protrusão e a má oclusão classe III dental e realizar um tratamento sem extrações de pré-molares ou cirurgia ortognática.

Os mini parafusos são aditamentos que permitem um ancoragem absoluta ou esquelética quando o tratamento ortodôntico assim o requer, como observamos no presente caso clínico, onde todo o arco dental inferior foi mobilizado para distal, como relata Benavides Ch. S.

Sem dúvida, os mini parafusos extra-radiculares provocaram um renascimento no campo da ortodontia com seu conceito de ancoragem absoluta ou óssea na última década, é uma mecânica agregada para superar novos desafios clínicos e transformar casos cirúrgicos limítrofes em não cirúrgicos, como relata Ghosh A.

Autores: Fonseca Balcázar Franco, Fonseca Esparza Khiabet, Fonseca Esparza Franco

Referências:

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  2. Awuapara Flores S, Cerro Temoche AH, Meneses López A. Minitornillos: evidência anatômica-tomográfica TT - Miniscrews: evidência anatômica-tomográfica. Rev estomatol Hered. 2008;18(2).
  3. Baumgaertel S, Razavi MR, Hans MG. Ancoragem de mini-implantes para o profissional de ortodontia. American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics. 2008;133(4).
  4. Chang C, Liu SSY, Roberts WE. Taxa de falha primária para 1680 mini-parafusos bucais mandibulares extra-alveolares colocados em mucosa móvel ou gengiva aderida. Angle Orthodontist. 2015;85(6).
  5. Benavides Chaverri S, Cruz López P, Chang Valverde M. Microimplantes, uma nova opção no tratamento de Ortodontia. Odontologia Vital. 2016;2(25).
  6. Ghosh A. Crête Infra-Zygomática e Prateleira Bucal - Parafusos Ósseos Ortodonticos:
  7. Um Salto à Frente dos Micro-Implantes – Perspectivas Clínicas. Journal of Indian Orthodontic Society. 2018;52(4_suppl2).
  8. Almeida MR. Biomecânica de mini-implantes extra-alveolares. Dental Press J Orthod. 2019;24(4).
  9. Fritz M, Doron Y, Álvarez E, Angela R. Características das áreas determinadas para o uso de mini implantes medidas através da tomografia computadorizada Cone Beam. Revista Latinoamericana de Ortodontia e Odontopediatria [Internet]. 2022 [citado em 22 de fevereiro de 2024]; Disponível em: https://www.ortodoncia.ws/publicaciones/ 2022/art-59/
  10. Ochoa J, Peralta P, Rojas M, Rouillon J, León B. Estabilidade de microtornillos em ortodontia. Revista Ecuatoriana de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde Pública. 2022;54–9.